terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Este ano não vou de férias para Davos

Fonte: WEF


Não há (tanto) dinheiro, não há (tantos) palhaços. Richard Fuld (na foto), o ex da Lehman Brothers e habitué do encontro, lamenta não poder aparecer no ajuntamento de 2009. O impecável Bernie Madoff idem, porque a pulseira electrónica vai começar a apitar no aeroporto. Outros financeiros de topo (de top, portanto) resolveram à última hora não comparecer no místico encontro anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, nesse paraíso que é a Suíça. Numa época em que a imagem da banca privada está como nunca manchada pelos sucessivos escândalos, falências, nacionalizações e casos de gestão danosa, fazem bem estes gestores prudentes em não embarcar em programinhas de luxo, frisson e élan, com os Alpes em fundo, financiados pelos accionistas (que seguem, ora melancólicos, ora enternecidos, o fórum e a desvalorização das acções pela Reuters e pela Bloomberg). Por isso, senhor gestor de top, toca a dar o exemplo. Porque a confiança é como o ski: custa quando é a subir, mas a descer chega a dar 100 km/hora. E às vezes há pinheiros no caminho.

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